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Março interrompe crescimento de empregos em Bento Gonçalves

Comércio, entre os segmentos analisados, foi o único a obter performance positiva

Pela primeira vez no ano, Bento Gonçalves registrou, em março, saldo negativo de empregos (-78), após consecutivos resultados positivos em janeiro e fevereiro. Segundo os números do Novo Caged, o setor de serviços (-95) foi o que mais contribuiu para esse resultado.

Os números analisados pelo Observatório da Economia do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) também mostram que tanto a indústria (-12) quanto a construção civil (-2) registraram saldo no vermelho em março – o comércio, entre os segmentos analisados, foi o único a obter performance positiva (+31). Já no acumulado de janeiro a março de 2021, o saldo é positivo em 1.237 postos de trabalho – com colaboração expressiva da indústria (+806). A performance no azul também ocorre se observado o período de um ano da pandemia, entre março de 2020 e março de 2021 (+548).

Os impactos da pandemia, segundo o integrante do OECON Fabiano Larentis, ficam evidentes no acompanhamento da evolução dos saldos por mês nos diferentes setores. “Isso se percebe principalmente em serviços”, analisa, reforçando a retomada de empregos ocorrida a partir de julho. “Além disso, fica evidente a desaceleração a partir de janeiro, principalmente na indústria e nos serviços, assim como as variações positivas dos números de MEIs”, aponta Larentis, também professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Levando em consideração a dinâmica da geração de empregos e de sua relação com outras possibilidades de trabalho, o OECON passa a incluir, a partir desse boletim, a movimentação dos Microempreendedores Individuais (MEIs). Na avaliação, que leva em consideração os dados do SIMEI – o sistema de recolhimento em valores mensais dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional devidos pelo MEI –, entre março de 2020 e março de 2021, o único mês que apresentou variação negativa foi em dezembro do ano passado. “Dez meses apresentaram variações entre 100 e 200 casos. Mesmo nos piores meses da pandemia em termos de geração de empregos formais, ocorreram saldos de criação de MEIs superiores a 70”, observa Larentis.

Em março, Bento ultrapassou o número de 9 mil MEIs, ou seja, 26% a mais do que no período pré-pandemia. Quanto aos empregos formais, Bento superou, com os dados de março deste ano, o contingente do ano de 2014, até então o maior da série (46.066), chegando a 46.374 postos de trabalho. Larentis, porém, faz uma ressalva: “a partir de 2020, tornou-se obrigatório por parte das empresas, informar dados de geração de empregos temporários, o que pode ocasionar inconsistências quando se comparam os resultados até 2019 com dados no decorrer dos meses de 2021”.

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Março interrompe crescimento de empregos em Bento Gonçalves

Pela primeira vez no ano, Bento Gonçalves registrou, em março, saldo negativo de empregos (-78), após consecutivos resultados positivos em janeiro e fevereiro. Segundo os números do Novo Caged, o setor de serviços (-95) foi o que mais contribuiu para esse resultado.

Os números analisados pelo Observatório da Economia do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) também mostram que tanto a indústria (-12) quanto a construção civil (-2) registraram saldo no vermelho em março – o comércio, entre os segmentos analisados, foi o único a obter performance positiva (+31). Já no acumulado de janeiro a março de 2021, o saldo é positivo em 1.237 postos de trabalho – com colaboração expressiva da indústria (+806). A performance no azul também ocorre se observado o período de um ano da pandemia, entre março de 2020 e março de 2021 (+548).

Os impactos da pandemia, segundo o integrante do OECON Fabiano Larentis, ficam evidentes no acompanhamento da evolução dos saldos por mês nos diferentes setores. “Isso se percebe principalmente em serviços”, analisa, reforçando a retomada de empregos ocorrida a partir de julho. “Além disso, fica evidente a desaceleração a partir de janeiro, principalmente na indústria e nos serviços, assim como as variações positivas dos números de MEIs”, aponta Larentis, também professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Levando em consideração a dinâmica da geração de empregos e de sua relação com outras possibilidades de trabalho, o OECON passa a incluir, a partir desse boletim, a movimentação dos Microempreendedores Individuais (MEIs). Na avaliação, que leva em consideração os dados do SIMEI – o sistema de recolhimento em valores mensais dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional devidos pelo MEI –, entre março de 2020 e março de 2021, o único mês que apresentou variação negativa foi em dezembro do ano passado. “Dez meses apresentaram variações entre 100 e 200 casos. Mesmo nos piores meses da pandemia em termos de geração de empregos formais, ocorreram saldos de criação de MEIs superiores a 70”, observa Larentis.

Em março, Bento ultrapassou o número de 9 mil MEIs, ou seja, 26% a mais do que no período pré-pandemia. Quanto aos empregos formais, Bento superou, com os dados de março deste ano, o contingente do ano de 2014, até então o maior da série (46.066), chegando a 46.374 postos de trabalho. Larentis, porém, faz uma ressalva: “a partir de 2020, tornou-se obrigatório por parte das empresas, informar dados de geração de empregos temporários, o que pode ocasionar inconsistências quando se comparam os resultados até 2019 com dados no decorrer dos meses de 2021”.

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